Jovens refletem sobre o papel das diferentes religiões na intervenção política para efetivação de direitos

Por ONG ETAPAS | Postado em , atualizado em: 12/06/2015, 13:29


Com o objetivo de promover o debate sobre a influência da religiosidade na vida das juventudes, a Etapas promoveu a Roda de Diálogo: Juventude e Religião, na última quarta-feira (26/11), com a participação de jovens, militantes de movimentos sociais e técnicos das ONGs parceiras (FASE-PE, Diaconia, Centro Sabiá, GAJOP). A conversa trouxe pontos reflexivos sobre a história de organização dos jovens e o papel das diferentes religiões nas intervenções políticas para efetivação de direitos, assim como os valores empregados e assimilados na organização juvenil.

A Roda contou com a presença de cerca de 15 jovens, entre eles, Samira Mirelly e Nayana Amancio. Ambas não participam de nenhum grupo religioso, mas consideram-se espiritualizadas por estudarem a religião espírita.

Para Nayana, a importância do dialogo está na troca de experiências para planejar futuras intervenções. “Penso que as organizações que atuam na defesa de direitos da juventude deveriam tentar uma maior aproximação com representantes de religiões mais radicais que existem no cenário social, no sentido de mostrar-lhes o sentido do coletivismo que se faz necessário no panorama brasileiro, pois principalmente nas questões relacionadas às relações homoafetivas e questões de saúde como o aborto (questão de saúde pública), a religião em um estado que se diz laico, ainda interfere na tomada de decisões importantes para a população”, aponta.

Já Samira falou do posicionamento das instituições religiosas no processo de transformação social. “As igrejas estão preocupadas em atrair os jovem com encontros que transmitem informações que são interessantes no âmbito institucional, mas esquecem de tratar sobre o que acontece no mundo, se preocupando mais com quantidade de jovem atraídos, do que com qualidade do discurso. Com isso os jovens acabam esquecendo de que são importante em qualquer meio de transformação social e que suas opiniões, imposições e lutas são sim importante para todo o meio social e para mudanças também”, opinou.

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