O evento lotou o auditório do Hotel Jangadeiro (Boa Viagem), com mais de 150 pessoas entre gestores públicos, lideranças comunitárias, estudantes, pesquisadores, organizações da sociedade civil, parceiros e parceiras de longas datas da Etapas. Foi um dia histórico, assim como a luta da Etapas pelo direito à cidade no Recife.

Auditório do Hotel Jangadeiro lotado com resistências, lutas e afetos (Foto: Edinho Moraes – TV Viva)

Etapas comemora 40 anos de trabalho nas comunidades do Recife, na luta por direitos e conquistas de políticas públicas! Para celebrar e debater os temas dos programas e projetos da Instituição, foi realizado no último dia 19 de abril, no Hotel Jangadeiro (Boa Viagem), o Seminário Etapas 40 anos – Construindo Direitos Na Cidade Que Queremos, com debates sobre as realidades, desafios e potencialidades para o trabalho com crianças e adolescente, os desafios e demandas das juventudes de Pernambuco, a comunicação e a cultura como ferramentas na consolidação da democracia, e a luta para viver na cidade que queremos.

O Seminário lotou o auditório do Hotel Jangadeiro (Boa Viagem), com mais de 150 pessoas entre gestores públicos, lideranças comunitárias, estudantes, pesquisadores, organizações da sociedade civil, parceiros e parceiras de longas datas da Etapas. A programação contemplou um dia inteiro de atividades, de 8h Às 19h, com café da manhã, debates, reflexões, aprendizados, almoço, confraternização e afetos.

A abertura do seminário foi realizada pelo Afoxé Omô Nilê Ogunjá (grupo do Ibura), com muita cultura, música e dança afro.

Em seguida, a Equipe Etapas se apresentou e foi aplaudida. A Equipe 2023 é composta por Isabela Valença, Neide Silva, Vaneide Lima, Cristiano Ferreira, Juliana Ribeiro, Léia Souza, Suzana Santos, Renata Farias, Malene Muniz, Maria Paula Campelo, Denise Ernesto, , Aline Viana, Henrique Rafael, Lourdes Galvão, Josiane Ventura.

Equipe Etapas 2023 (Foto: Edinho Moraes/TV Viva)
Conselho diretor, Federação Ibura-Jordão e Unicef Brasil fazem saudações à Etapas

Alguns representantes do conselho diretor da Etapas, assim como as organizações parceiras Federação Ibura-Jordão (FIJ) e Unicef Brasil foram convidadas a fazer uma saudação para Etapas.

A primeira mesa de debates foi composta por Eduardo Paysan (Advogado – Especialista em Direitos Humanos, Mestre em Serviço Social), Alícia Patrícia e Gabriel Silva (Estudates e participantes do projeto “Nenhum Direito a Menos, Mas Todos os Direitos” – Etapas/KNH). Os adolescentes trouxeram experiências da realidade vivida no território do Ibura e o advogado falou da militância e na luta pelo direito de crianças e adolescentes.

O sociólogo e professor da Universidade do Vale do Rio São Francisco, Marcílio Brandão, e o coordenador da Região Metropolitana do Fórum de Juventudes de Pernambuco (FOJUPE), Daniel Santos, trouxeram as experiências na militância da luta pelo direito das juventudes na segunda mesa de debates.

A terceira mesa foi composta por Yane Mendes – (Cineasta Periférica e Coordenadora da Rede Tumulto) e Catarina de Angola (Idealizadora e Diretora Executiva da Angola Comunicação) que trouxeram contribiições a partir da luta pelo direito à comunicação e da comunicação nas favelas.

A quarta e última mesa foi composta por Avanildo Duque (Ativista da Campanha Nacional Pelo Direito à Educação) e Sarah Marques (Cofundadora do Coletivo Caranguejo Tabaiares e Educadora Popular) que contribuíram com reflexões a partir da militância pelo direito à cidade.

Foi um dia histórico, assim como a luta da Etapas pelo Direito à Cidade no Recife.

Na ocasião houve o lançamento do vídeo Etapas 40 anos com relatos das pessoas que já passaram ou estão nos projetos da Etapas.

Confira a galeria de fotos:

Tribuna com denúncias, caminhada e intervenções artísticas fazem parte da programação

Foto: Oranian Lucas / FOJUPE

Diante do atual cenário político de uma crescente onda totalitarista, de perseguição aos movimentos sociais, aumento das desigualdades e dos altos índices de mortes de jovens negros, índios, LGBTs e mulheres no Brasil, o Fórum das Juventudes de Pernambuco (FOJUPE) vai tomar as ruas do Recife com a realização do III Ato Agosto das Juventudes: “Fascismo Aqui Não Se Cria: Juventude do Campo e da Cidade Pelo Fortalecimento das Políticas Públicas e da Democracia”, que acontece na sexta-feira (23/08), a partir das 13h, no Parque 13 de Maio. O objetivo é dar visibilidade e continuidade às denúncias na Carta Política do FOJUPE sobre as violações de direitos sofridas pelos jovens do campo e da cidade e reivindicar os direitos previstos no Estatuto da Juventude e a efetividade dos planos estadual e municipais voltados para essa população.

O III Ato Agosto das Juventudes irá realizar um Tribunal Popular no meio do Parque 13 de Maio. Os jovens urbanos e rurais vão subir no palanque para fazer denúncias e propostas sobre os espaços e serviços públicos do Estado, bem como das suas perspectivas de vida de acordo com suas realidades. Três juradas especialistas na temática de juventude irão avaliar as demandas abordadas. O documento desta ação será anexado à Carta Política do FOJUPE como produto de 2019.

A marcha das juventudes terá início às 16h com destino ao Armazém do Campo (Rua Imperador Dom Pedro II, 387, Santo Antônio). A partir das 18h, haverá a Noite Cultural com intervenções artísticas de coco, danças africanas, indígenas, apresentações de passinho e declamações de poesia do lado externo do Armazém voltado para o BRT.

Estima-se a participação de cerca de mil pessoas entre estudantes, artistas, coletivos de juventudes (rurais, urbanos, antiproibicionistas, LGBTs) e Organizações da Sociedade Civil do Sertão, Agreste, Zona da Mata e Região Metropolitana.

 

 

AGOSTO DAS JUVENTUDES

Em alusão ao dia 12 de agosto, data estipulada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional das Juventudes, o FOJUPE constrói coletivamente – com cerca de 50 grupos, organizações juvenis e da sociedade civil das quatro Regiões de Desenvolvimento do Estado – três ações estratégicas de mobilização, formação e
incidência política.

A primeira ação aconteceu no mês de julho. Foi realizado um Seminário Estadual das Juventudes de Pernambuco, na FASE-PE que reuniu cerca de 60 jovens de coletivos juvenis do Estado na discussão sobre o tema “Fascismo Aqui Não Se Cria: Juventude do Campo e da Cidade Pelo Fortalecimento das Políticas Públicas e da Democracia” – com facilitação do sociólogo Vando Nogueira.

A partir desta ação, os coletivos se muniram de elementos para realização do Juventude nas Comunidades. São rodas de diálogos realizadas simultaneamente no mês de agosto, em cerca de 30 municípios de Pernambuco, como estratégia de formação e visibilidade do FOJUPE nos territórios.

A terceira ação é de incidência política. Além do ato de rua, o FOJUPE vai ocupar a Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE), na quinta-feira (22/08), a partir das 9h, visando dar visibilidade ao inquérito civil em tramite no Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O inquérito denuncia o Estado de Pernambuco pela não efetivação da Lei nº 13.608 de 2008 (do Plano Estadual de Juventude), bem como pouca aplicação em nível local do Estatuto da Juventude (Lei Federal nº 712.852).

O FOJUPE

Com nove anos de luta por políticas públicas no Estado, o Fórum das Juventudes de Pernambuco (FOJUPE) agrega mais de 50 coletivos juvenis urbanos e rurais e Organizações da Sociedade Civil das quatro Regiões de Desenvolvimento do Estado (Sertão; Agreste; Zona da Mata; Região Metropolitana do Recife), se propondo a ser um
espaço de diálogo, formação e incidência política das juventudes e para as juventudes pernambucanas.

Fazem parte desta articulação:

Action Aid, Caritas, Casa da Mulher do Nordeste, Centro Sabiá, Diaconia, ETAPAS, EQUIP, FASE,
FETAPE, GAJOP, Visão Mundial, com apoio de Terre Des Hommes Schweiz, Pão Para o Mundo, Tearfund
e OAK Fundation.

Serviço:

III Ato Agosto das Juventudes: “Fascismo Aqui Não Se Cria: Juventude do
Campo e da Cidade Pelo Fortalecimento das Políticas Públicas e da Democracia”

Data: Sexta-feira (23/08)

Local: Parque 13 de Maio

Horário: A partir das 13h

Percurso: Rua do Hospício; Avenida Conde da Boa Vista; Ponte Duarte Coelho;
Avenida Guararapes; Avenida Dantas Barreto; Avenida Nossa Senhora do Carmo;
Avenida Martins de Barros;

Foto: Oran Oniilari / CCJ Recife

Jovens do Agreste, Zona da Mata, Sertão e Região Metropolitana do Recife se reuniram na última sexta-feira (24.08) para protestar contra as violações de direitos e impactos dos desmontes das políticas públicas sobre as vidas dos jovens de Pernambuco no II Ato Agosto das Juventudes – Jovens Pelo Direito de Viver organizado pelo Fórum das Juventudes de Pernambuco (FOJUPE). O ato levou cerca de 500 jovens urbanos e rurais às ruas em caminhada entre a Praça do Derby e a Praça do Diário – Recife, com índigenas, quilombolas, estudantes, artistas, negros e negras, LGBTs pautando as suas lutas enquanto sujeitos de direitos e dando visibilidade ao 12 de Agosto, Dia Internacional das Juventudes.

“Nosso objetivo é deixar o mês de agosto como marco dos debates sobre direitos das juventudes. Nossa mobilização é muito importante no contexto atual, em que temos perdido tantos direitos e estamos às vésperas de um processo eleitoral. Acreditamos que a democracia precisa dar um passo à frente, em que aqueles que a gente eleja não sejam mais os que vão decidir por nós, mas aqueles que vão sintetizar as nossas demandas”, diz Filipe Antonio, de 26 anos,militante do FOJUPE e morador do Vasco da Gama – Recife.

Para a realização do II Ato Agosto das Juventudes e construção do documento com denúncias e propostas dos jovens de Pernambuco, o FOJUPE realizou encontros preparatórios nas quatro regiões do Estado, chamado de ‘Juventude nas Comunidades’ e sistematizou as principais demandas na Carta Política do FOJUPE.

Entre as principais questões que aparecem estão a falta de emprego, a escassez de abastecimento de água, especialmente nas regiões do Agreste e Sertão; ausência de políticas de lazer, culturais, de combate ao racismo e promoção da igualdade racial e entre gêneros; falta de uma política de segurança pública estruturada, o que resulta em ações violentas nas comunidades, como as ocorridas recentemente em Ibura, Abençoada por Deus, Barro, Nova Detran e Santa Luzia (Recife), Alto Bela Vista (Cabo) e Céu Azul (Camaragibe); diminuição de investimentos nas áreas da saúde, com atraso e até entrega de medicamentos vencidos para jovens que vivem com HIV, e da educação, com fechamento de escolas rurais; e desrespeito a territórios indígenas e quilombolas.

A carta foi entregue ao Ministério Público de Pernambuco, ao candidato à presidência da República pelo PSOL, Guilherme Boulos e sua candidata a vice-presidenta, Sônia Guajajara e aos candidatos de Pernambuco que estiveram presentes no ato.

A indígena Kapinawá Myrelliane, estudante de Odontologia, destaca o protagonismo da juventude na sociedade brasileira:

“Nossa luta não é de agora, vem de nossos antepassados, que foram sementes e nós somos os frutos. O ato é o momento de afirmação de nossas identidades, e da nossa resistência e força. A juventude não está dormindo, está acordada”.

São Organizações de Apoio ao FOJUPE: Etapas, FASE, Centro Agroecológico Sabiá, Diaconia, Casa da Mulher do Nordeste, Mirim Brasil, FETAP, ActionAid.

 

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