Por: Agência Brasil

Um novo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) aponta que a média da temperatura do planeta poderá aumentar em até 3,4 º C até o final deste século.

O documento, que reúne estudos científicos da Organização Meteorológica Mundial e outros órgãos especializados, foi publicado nesse domingo (22), um dia antes do início da Cúpula sobre a Ação Climática em Nova York.

Segundo o documento, que defende a adoção de medidas para combater o aquecimento global, a média da temperatura do planeta de 2015 para 2019 será 0,2 º C acima do período anterior de cinco anos. Além disso, ela é 1,1º C mais quente que os níveis pré-industriais de 1850 a 1900.

O relatório ainda aponta que o aumento dos níveis dos mares tem acelerado, e indica que a acidez dos oceanos aumentou 26% desde o início do período industrial por causa da absorção do CO2 liberado na atmosfera pelo uso de combustíveis fósseis.

O documento afirma que as emissões de gases de efeito estufa continuam a subir porque combustíveis fósseis como o carvão e o petróleo ainda são as principais fontes de energia da humanidade.

Por fim, o relatório alerta que a temperatura média global poderá aumentar 3,4 º C até 2100 mesmo se governos conseguirem cortar suas emissões como prometido. Segundo o documento, países precisam se esforçar ainda mais para limitar o aumento em 1,5 º C acima dos níveis pré-industriais.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu que líderes mundiais levem os fatos a sério e urgentemente façam algo a respeito.

O Comitê Popular da Copa – Pernambuco realizou em Recife o seminário regional “Legados e Relegados da Copa do Mundo: quando o direito à cidade é violado, nos dias 20, 30 de novembro e 01 de dezembro. Na ocasião, estiveram reunidos representantes dos Comitês Populares da Copa dos estados da Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte, além de famílias atingidas pelas obras da Copa do Mundo, com o objetivo de estabelecer o intercâmbio de informações sobre a violação de direitos resultante das obras de preparação para o mundial no Brasil.

A abertura do Seminário contou com a participação da relatora da ONU para o direito à moradia, Raquel Rolnick, que aproveitou a sua vinda para uma visita ao Loteamento São Francisco, município de Camaragibe, e ao Coque, Recife, onde conversou com moradores e reuniu informações sobre as violações de direito à moradia que estão sendo vivenciadas nestas comunidades. Destas ações, surgiram resultados no âmbito do fortalecimento comunitário, retomando a articulação local e as negociações coletivas entre moradores e Governo do Estado. Além disso, outros atores sociais se incorporaram ao grupo, ofertando suas capacidades técnicas para a luta comum, a exemplo de serviços de advocacia para acompanhar e esclarecer questões junto ao Fórum Municipal de Camaragibe.

Em paralelo, as organizações que compõem o Comitê Pernambuco passaram a se estruturar melhor para responder questões e demandas mais concretas dos moradores do Loteamento São Francisco, inclusive com o acompanhamento de informações afetas a outros grupos de moradores que ainda não foram informados sobre futuras remoções.