As formações presenciais começaram no mês de julho. Foram realizadas atividades de Apresentação do Marco Teórico do projeto, Roda de Cuidado com Adolescentes, Oficinas sobre Racismo Institucional com o coletivo Ibura Mais Cultura e Justiça Restaurativa com o Tribunal de Justiça de Pernambuco

Com o avanço da vacinação contra a covid-19 em Pernambuco e tomando as medidas de higienização e segurança durante a pandemia – a Etapas e Unicef deram o pontapé inicial nas atividades presenciais do projeto “Proteger as Crianças e Adolescentes Impactados pela Violência Armada no Ibura – Recife”, neste segundo semestre de 2021. O projeto, que também é chamado de “Ibura Meu Amor” (logomarca criada pelos jovens), visa desenvolver ações para garantir os direitos das crianças e adolescentes, reduzir os números de homicídios praticados contra este público e apoiar a Gestão Pública na melhoria da qualidade dos serviços prestados às comunidades.

Atividades Presenciais

Primeira atividade presencial com jovens para apresentação dos objetivos, expectativas, atividades realizadas e planejadas (Foto: Arquivo Etapas)

A primeira atividade presencial aconteceu no dia 14 de julho, na sede da Federação Ibura Jordão (FIJ), com a presença do representante da UNICEF, Augusto Lepré – para apresentação dos objetivos, expectativas, ações realizadas e ações programadas do “Ibura, Meu Amor” – aos jovens que já participavam das atividades online ou que foram indicados por organizações comunitárias e coletivos de jovens do Ibura.

Destaque para o coletivo Ibura Mais Cultura que está construindo ações formativas junto com a Etapas e atuando como formadores e mobilizadores dentro das comunidades.

Segunda atividade presencial debateu sobre racismo estrutural com os jovens do projeto (Foto: Arquivo Etapas)

A segunda atividade presencial aconteceu no dia 24 de julho, na Escola Jordão Emerenciano. A oficina “Brasil Acima de Tudo?” História do Brasil por outras perspectivas” foi facilitada por integrantes do coletivo Ibura Mais Cultura com o objetivo de revisitar a história do Brasil e desmistificar o racismo institucional.

A atividade contou com a participação de 24 jovens. Eles refletiram sobre o preconceito raça e classe quando a sociedade cria um perfil para morador de comunidades periféricas. Um jovem citou que uma das coisas que o maltrata e o machuca é ver o olhar preconceituoso das pessoas quando ele diz que é morador do Ibura.

A “Roda de Cuidado com Adolescentes” deu seguimento as atividades presenciais com o público de 12 a 17 anos. O objetivo foi de prevenir a violência através do afeto, abrir a consciência com relação aos sentimentos e emoções e estreitar os vínculos entre as educadoras e os jovens do projeto.

A atividade aconteceu no dia 28 de julho – na FIJ – com 24 jovens refletindo sobre: O que sinto é meu ou é do outro? Eu sei ouvir? O que é ouvir para mim?

Segundo a educadora, Domênica, o sentimento mais presente foi a insegurança e descredibilidade dos pais com relação aos filhos.

Na ocasião houve entrega de cestas básicas.

Atividades On-line

As atividades continuam também no formato online. No dia 22 de julho foi realizada a primeira “Oficina sobre Justiça Restaurativa” em parceria com o Núcleo CRIAR do Tribunal de Justiça de Pernambuco. O CRIAR (Centro de Referência Interprofissional na Atenção a Criança e Adolescentes Vítimas de Violência da Capital) atua de forma direta com as crianças vítimas de violência fazendo uma escuta cuidadosa dos casos.

A atividade teve o objetivo de sensibilizar famílias lideranças comunitárias gestores escolares e jovens para identificarem as situações de violência e também estreitar a relação deste tribunal com a comunidade.