A Maratona Infantojuvenil do Ibura chega a sua oitava edição cumprindo o objetivo de ocupar as periferias com esporte, cultura e lazer e de levar alegria, amor e esperança às famílias do território. O evento, que aconteceu no primeiro domingo de dezembro, teve concentração na Caixa D’água da UR2 e confraternização na Praça do Leiteiro UR-1 com recorde de solidariedade.

Todas as 130 crianças e adolescentes que percorreram as ruas do Ibura na 8ª Maratona foram presenteadas. Os 8 primeiros lugares das 4 categorias receberam oito bicicletas e os outros 122 participantes receberam cartões presentes. Este feito só foi possível graças a rede de solidariedade formada entre lideranças comunitárias do Ibura e Jordão, gestores públicos, mobilidade, comerciantes locais, voluntários e doadores da campanha “Vista Uma Criança Neste Natal” da Etapas.

A solidariedade e vontade de fazer a alegria das famílias das comunidades, foi o que motivou a liderança comunitária da UR-10, Dudé, a fazer uma rifa e doar uma bicicleta para Maratona. “Todos os anos nós arrecadamos lanches, mas eu tinha o sonho de conseguir doar uma bicicleta. É muito bom ver o sorriso dessas crianças”, ressalta emocionado.

O coordenador do programa de Crianças e Adolescentes da Etapas, Pedro Ribeiro, diz que a conjuntura política no segundo semestre foi desanimadora, mas que o sentimento é de resistência.

“Quanto mais a situação for desanimadora, mais a gente se engaja na luta por direitos. Nós conseguimos superar nossas expectativas na oitava edição”, afirma.

A maratonista, Maria Eduarda (15 anos), já participou de três edições da Maratona e em todas foi premiada com uma bicicleta. Ela diz que já pediram para ela vender, mas ela prefere guardar para usar quando a bike mais antiga quebrar. Sobre o segredo para estar nos primeiros lugares, Maria Eduarda comenta que correr faz ela se sentir livre!

 

 

Confira os melhores momentos:

Foi dada a largada para exercer a solidariedade!

A 8ª Maratona com Crianças e Adolescentes do Ibura acontece no dia 2 de dezembro de 2018 com cerca de 300 maratonistas inscritos. O evento estimula a população a ocupar os espaços públicos das comunidades com esporte, cultura e lazer. (Confira o registro da última edição)

Doe cartões presentes no valor de R$50 – até 28/11 – e nos ajude a presentear todos os participantes desta corrida contra as desigualdades.

Você pode

1- Depositar em uma das nossas contas bancárias:

Banco Itaú:
Ag: 0362
C/C: 41896-4
CNPJ: 11.017.803/0001-75

Banco do Brasil:
Ag: 0697-1
C/c: 6099-2
CNPJ: 11.017.803/0001-75

OU

2- Entregar a doação na sede da Etapas (Rua da Soledade, 243 – Boa Vista), das 9h às 15h;

OU

3- Solicitar um Portador Credenciado da Etapas para receber a doação no local cadastrado;

Cadastre-se

Caso tenha interesse em entregar o cartão diretamente a criança, entre em contato pelo Whastapp: 9 8649-1430

Professor de dança fitness diverte as crianças no pátio da Escola Severina Bernadete- Três Carneiros (Foto: Equipe Etapas)

Com o objetivo de divulgar e fomentar a cultura promovida pelas periferias, entendendo a cultura como um direito de todos os humanos e não um privilégio de alguns, a ETAPAS realizou o III Festival Cultural de Três Carneiros, no último sábado (22/9) na Escola Municipal Severina Bernadete – localizada em Três Carneiros- Ibura. A ação faz parte do projeto Vínculos Solidários que apadrinha cerca de 1000 crianças de 11 comunidades do Ibura, através da articulação internacional com a Organização Não Governamental ActionAid.

Cerca de 200 pessoas participaram das oficinas de Cinema, Hiphop/Break, Teatro, Dança Popular, Dança Fitness, Contação de História e Circo.

As apresentações de dança ficaram por conta dos grupos Quadrilha Brincantes, Grupo Faceta, Grupo de Dança Passistas Pequenas Estrelas, todos formados por adolescentes da comunidade de Três Carneiros. A Banda Massa Nova – convidada especial – fechou a programação com muito reggae politizado.

Ao final da festa houve sorteio de brinquedos para as crianças.

 

Adolescentes do projeto “Mais Proteção, Menos Violência” preparados para imprimir suas identidades no BRT Gervásio Pires 1- Conde da Boa Vista (Foto: Comunicação Etapas)

Em uma ação comemorativa pelos 35 anos de fundação da Etapas e 4 anos da MobiBrasil, cerca de 20 adolescentes de comunidades do Ibura, participantes de projetos sociais da ETAPAS, grafitaram a parada de ônibus do BRT Gervásio Pires 1 – da Conde da Boa Vista – no primeiro sábado do mês de agosto.

A parceria Etapas e MobiBrasil possibilitou difundir o grafitti como ferramenta de transformação social, levar as expressões artísticas das periferias para o centro do Recife e efetivar o direito de adolescentes e jovens de ocupar e interferir na cidade com cultura e lazer.

Os adolescentes que pintaram a parada do BRT – que fica na frente do Shopping Boa Vista – são moradores da Vila 27 de Abril e Portelinha (Ibura). São comunidades formadas por uma maioria de mulheres domésticas e os locais se caracterizam pela má qualidade ou escassez de serviços públicos como saúde, saneamento, segurança, entre outros.

A Etapas realiza formação diária com 240 crianças e adolescentes destas comunidades. O projeto “Mais Proteção, Menos Violência” visa enfrentar a violência doméstica e comunitária no território.
Entre as atividades lúdico-formativas do projeto, está a iniciação a arte do grafite que acontece no Conselho de Moradores da Vila 27 de Abril.  

Para a concretização da pintura da Estação de BRT na Conde da Boa Vista, foram realizadas três oficinas de treinamento teórico e prático o grupo de grafiteiros da MangueCrew – do grafiteiro Carbonel – na sede da Etapas.

Para Joana, moradora da Vila 27 de Abril, grafitar no BRT é imprimir sua identidade de mulher negra de periferia.

Já Ricardo Junior, morador da UR-10, quer imprimir uma cultura de paz, e fala que a “favela não é só violência”.  Para ele é um sonho poder fazer a arte que ele só via os grafiteiros fazendo na televisão.

Galeria de fotos:

Confira o vídeo:

Na perspectiva de dar continuidade ao trabalho de identificação de casos de violências e violações de direitos com as famílias participantes do projeto “Mais Proteção, Menos Violência” (Etapas/KNH) nas comunidades de Vila 27 de Abril e Portelinha (Ibura), a Etapas realizou, no primeiro semestre de 2018, cinco reuniões de formação com cerca de 40 mães, pais e responsáveis pelas crianças e adolescentes do projeto. As atividades têm o objetivo de propor novas práticas de educação baseadas no diálogo e no afeto para seguir com o propósito de desnaturalizar a violência doméstica e comunitária.

Com metodologia participativa, as reuniões de formação abordaram temas sobre Direito à Primeira Infância; Direito aos Serviços Públicos de Saúde; Direitos Sociais (Benefícios e Prestação Continuada); Enfrentamento ao Preconceito de Gênero, Raça e LGBT e Cultura de Paz: Como Começar Dentro de Casa.

Os temas foram escolhidos pelas próprias famílias a partir da reunião de planejamento que aconteceu em fevereiro. Os momentos começam com rodas de diálogos, com a facilitação de um especialista sobre a temática, depois abre-se para o debate e os trabalhos em grupo.
Segundo Isabela Valença, coordenadora do programa do Direito à Cidade da Etapas, a partir dos trabalhos em grupos são gerados documentos com reivindicações dos moradores que servem de instrumentos de cobranças para incidência política junto ao poder público.

INCIDÊNCIA NA SAÚDE

A ausência de enfermeira substituta na unidade de saúde da UR-10; A falta de atendimento humanizado por parte do médico; A falta de regularidade no horário de atendimento para vacinação, são reivindicações que saíram na reunião sobre Direito aos Serviços Públicos de Saúde e geraram uma ação de intervenção na Unidade de Saúde da Família na comunidade da UR-10 no dia 14 de junho.

Na atividade, cada profissional da unidade apresentou seu papel e como desempenha suas atividades. Em seguida, a assistente social da Etapas, Isabela Valença, apresentou a metodologia de como as demandas foram construídas e junto com as mulheres da comunidade, apresentou os problemas.

Os encaminhamentos sugerido pelo coordenador de área da RPA6.1 Diego Francisco de Lima, é que seja realizada uma próxima reunião em agosto, para avaliação e monitoramento da resolução dos casos.

Cerca de 70 pessoas da sociedade civil organizada participaram do IV Seminário de Direitos das Crianças e Adolescentes no Ibura e Jordão, promovido pela Etapas e Federação Ibura Jordão (FIJ) em parceria com a ActionAid, com o objetivo dar continuidade ao diálogo com a gestão pública acerca das demandas e desafios para efetivação dos direitos das crianças e adolescente no território da Cohab.

A mesa debatedora foi composta pela Secretária Municipal de Direitos Humanos do Recife, Ana Rita Suassuna, pela representante da Secretaria Executiva de Assistência Social de Pernambuco, Geruza, pela Presidente da Federação de Moradores do Ibura Jordão, Severina da Veiga e pela coordenadora do programa de Direito à Cidade da Etapas, Isabela Valença.

Entre as reivindicações da população do Ibura-Jordão, foram discutidas:

Ausência de vagas nas escolas do Recife

De acordo com os registros de denúncias apresentadas no conselho tutelar, em 2017, mais de 2.000 crianças ficaram sem vagas nas escolas. “Pode-se estimar que esse número é ainda maior, uma vez que nem todas as famílias sabem que existe o caminho da denúncia via conselho tutelar”, ressaltou Isabela Valença.

Falta de integração das políticas públicas para garantir o sistema de defesa das crianças e adolescentes

Cada política atua separadamente. “Não existem vagas disponíveis para atender novas crianças com problemas psicológicos no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do Ibura antes de 2019. Não existe neurologista disponível na rede municipal para dar laudos sobre os problemas das crianças. A ETAPAS passou cinco meses para conseguir atendimento psicológico no CAPS para uma criança” acentuou Isabela Valença.

Encerramento de distribuição de fraldas para crianças e adolescentes com problemas de saúde ou deficiência física

Segundo depoimentos das famílias presentes do Seminário, as crianças dividem a cama com outros irmãos ou pais, e acordam toda famílias quando se molham.

A secretária Ana Ria Suassuna explicou que as fraldas foram cortadas, mas ela disse estar se articulando com a secretaria de saúde para saber da possibilidade de retorno de distribuição das fraldas. Ela também se comprometeu em estreitar a articulação com as lideranças comunitárias para discutir os cortes e a possibilidade de realizar visitas as famílias.

Cortes no bolsa família de crianças que não comparecem a escola por problemas de saúde

A secretaria de assistência social corta o benefício antes de enviar a listagem de frequência escolar para que o ministério de desenvolvimento social.

Falta de divulgação dos direitos aos benefícios de prestação continuada e bolsa família

Existência de muitas famílias com direito, no entanto sem informações sobre como acessar tais benefícios.
 
Os encaminhamentos do Seminário propostos pela secretaria de direitos humanos foram:

A Possibilidade de parceria com ETAPAS para levar as crianças dos projetos do Ibura para visitação a clubes como AABB.

Apresentação do programa mãe coruja.

Possibilidade da ida dos CRASS as comunidades para fazer palestras sobre acesso aos benefícios de prestação continuada e bolsa família.