Caminhada pelo 18 de maio chama a atenção sobre o combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes no Ibura

Por ONG ETAPAS | Postado em , atualizado em: 18/05/2022, 19:51


Crianças,adolescentes e famílias vão às ruas com batucada e entrega de informativos para alertar a comunidade sobre o combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescente

A caminhada passou pelas duas comunidades – Portelinha e Vila 27 de Abril – que o projeto “Nenhum Direito A Menos” atua

Crianças, adolescentes e famílias do Ibura – participantes do projeto “Nenhum Direito a Menos” (Etapas/KNH) de enfrentamento às violências doméstica, sexual e comunitária no território do Ibura – caminharam pelas ruas da Vila 27 de Abril e Portelinha com o objetivo de alertar a comunidade para a campanha do 18 de maio: Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Para o educador do projeto, Cristiano Ferreira, é preciso ressaltar a importância do trabalho em rede para combater a exploração sexual e abuso contra crianças e adolescente.

“Destacamos os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS), que são unidades públicas que funcionam como porta de entrada para o atendimento de pessoas em situação de risco social ou que tiveram seus direitos violados. Salientamos que principalmente não culpabilizem a criança ou o adolescente e que, identifiquem quaisquer elementos e situações de risco que possam haver”, ressalta.

18 de maio

Nesta data em 18 de maio de 1973, uma menina de oito anos, chamada Araceli Crespo, saiu mais cedo da escola para levar um envelope até um prédio no centro de Vitória, capital do Espírito Santo. Ao encontrar os destinatários, Araceli foi drogada, espancada, estuprada e morta. O seu corpo ficou vários dias escondido dentro de um freezer e desfigurado por um ácido corrosivo, até ser abandonado em um terreno e encontrado por outra criança. O 18 de maio simboliza a luta ao Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Diariamente crianças e adolescentes são expostos a diversas formas de violência nos diversos ambientes por eles frequentados. A família, a sociedade e o poder público, devem ser envolvidos na discussão e nas atividades propostas em relação à prevenção ao abuso e exploração sexual.

A violência sexual de crianças e adolescentes pode ocorrer em várias idades (incluindo bebês), e em todas as classes sociais, podendo ser de várias formas, como:

Abuso sexual: a criança é utilizada por adulto, ou até um adolescente, para praticar algum ato de natureza sexual.

Exploração sexual: usar crianças e adolescentes com propósito de troca ou de obter lucro financeiro ou de outra natureza em turismo sexual, tráfico, pornografia, ou também em rede de prostituição.

Assim que for identificada a violência sexual, antes mesmo de conversar com a vítima, é importante entrar em contato com profissional que possa colaborar e dar o encaminhamento correto de acordo com o caso, conforme a Lei nº. 13.431/2017.

Canais de denúncia

Havendo alguma suspeita é possível fazer a denúncia por meio do canal Disque 100. A ligação é gratuita, funciona todos os dias da semana, por 24h, inclusive sábados, domingos e feriados.

A denúncia pode ser feita também na Polícia Militar, pelo número 190, ou Polícia Rodoviária Federal, pelo 191. O sigilo é garantido, e as ligações podem ser feitas por aparelhos fixos ou móvel.

Mais informações poderão ser obtidas no site www.facabonito.org.br

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