O consumo de drogas tem se mostrado um dos mais complexos e inquietantes fenômenos de nossos tempos, exigindo que o governo e a sociedade mobilizem-se e partilhem da responsabilidade de buscar alternativas que levem à uma melhor compreensão e abordagem.
A Etapas está à frente da primeira pesquisa municipal domiciliar, apoiada pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), com o objetivo de produzir um maior conhecimento com base científica sobre o consumo de álcool e outras drogas, visando subsidiar a criação de políticas públicas e contribuir para o fortalecimento do Sistema Municipal de Garantia de Direitos Humanos de Jaboatão dos Guararapes.
Segundo a coordenadora técnica da pesquisa, Waneska Bonfim, o tema veio a calhar, pois todas as questões referentes às drogas estão presentes em boa parte dos diagnósticos que a Etapas vem produzindo nos últimos anos no Recife e Região Metropolitana. “Esta é uma oportunidade de desenvolver metodologia e conhecimento neste campo que podem subsidiar outros municípios”, explica.
Para o sociólogo e gerente de projetos da Prefeitura de Jaboatão, Marcílio Brandão, o tema ainda enfrenta preconceitos, diante disso, o poder público é assertivo quando investe na realização de uma pesquisa para orientar as políticas públicas, pois, segundo ele, está praticando o movimento inverso “ Ao invés de oferecer programas prontos, está buscando informações qualificadas para pautar as necessidades do povo”, afirma.
O Secretário de Direitos Humanos, Políticas Sobre Drogas e Juventude, Marcello Gadelha, ressalta a implementação do Programa de Redução de Danos como uma das ações, já em curso, que será subsidiada pela pesquisa. “O objetivo é amenizar os efeitos danosos do uso abusivo de drogas lícitas e ilícitas, possibilitando um maior cuidado aos usuários. É claro que a política pública quer erradicar o uso das drogas, mas há pessoas que não conseguem se desvencilhar. Com a implementação do Programa de Redução de Danos (previsto para ser lançado em agosto deste ano) começará um processo de intervenção nos territórios aliado ao diálogo permanente com a sociedade e com os usuários”, conclui o secretário.
ELEMENTOS DA PESQUISA
A pesquisa terá metodologia quantitativa, com aplicações de questionários no território, e qualitativa, onde serão formados oito grupos focais a fim de complementar as percepções da população sobre o tema – um para cada regional do município (Jaboatão Centro, Cavaleiro, Curado, Muribeca, Prazeres, Praias e Guararapes) – e outro específico para usuário de drogas. O professor do Departamento de Estatística da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Cristiano Ferraz, revela que a pesquisa quantitativa será realizada com base nos dados censitários, através de um Plano Amostral Estratificado que está sob sua coordenação. Segundo ele, a metodologia do Plano passa pela realização de três sorteios: primeiro dos setores censitários, segundo dos domicílios e terceiro da pessoa que será entrevistada. Serão realizadas, no mínimo, 860 entrevistas, com nível de confiança entre 90 e 93 por cento.
As perguntas estão divididas em seções que tratam sobre características sociodemográficas, saúde, qualidade de vida e percepção da população sobre drogas lícitas e ilícitas. As questões estão baseadas no questionário do 3º Levantamento Nacional sobre uso de Drogas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Os pesquisadores estão em processo de capacitação (estudo e pré-teste de aplicação do questionário no território) para iniciar o trabalho de campo na segunda quinzena de julho. Eles percorrerão as sete regionais até meados de setembro.
O diagnóstico com os achados será apresentado através em um relatório e discutido em um seminário público, previsto para acontecer no primeiro semestre de 2016.
LANÇAMENTO PÚBLICO:
A fim de divulgar um panorama do Diagnóstico Sobre Drogas à população jaboatonense, a Secretaria Executiva de Direitos Humanos, Políticas Sobre Drogas e Juventude, promoveu o lançamento público da pesquisa, na última segunda-feira (6-7), na sede da Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes. No evento, estavam presentes representantes governamentais, organizações da sociedade civil, profissionais da saúde, educação, assistência social, agentes comunitários e a equipe de pesquisadores que percorrerão os domicílios das sete regionais (Jaboatão Centro, Cavaleiro, Curado, Muribeca, Prazeres, Praias e Guararapes).
A mesa de debates foi composta pelo Secretário de Direitos Humanos, Políticas Sobre Drogas e Juventude, Marcello Gadelha; pela coordenadora técnica da pesquisa representante da Etapas, Waneska Bonfim; pela pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz – Recife, Naíde Teodósio e pelo professor da Universidade Federal de Pernambuco, Cristiano Ferraz – Responsável pela execução do Plano Amostral da Pesquisa.
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