Cerca de 70 pessoas da sociedade civil organizada participaram do IV Seminário de Direitos das Crianças e Adolescentes no Ibura e Jordão, promovido pela Etapas e Federação Ibura Jordão (FIJ) em parceria com a ActionAid, com o objetivo dar continuidade ao diálogo com a gestão pública acerca das demandas e desafios para efetivação dos direitos das crianças e adolescente no território da Cohab.

A mesa debatedora foi composta pela Secretária Municipal de Direitos Humanos do Recife, Ana Rita Suassuna, pela representante da Secretaria Executiva de Assistência Social de Pernambuco, Geruza, pela Presidente da Federação de Moradores do Ibura Jordão, Severina da Veiga e pela coordenadora do programa de Direito à Cidade da Etapas, Isabela Valença.

Entre as reivindicações da população do Ibura-Jordão, foram discutidas:

Ausência de vagas nas escolas do Recife

De acordo com os registros de denúncias apresentadas no conselho tutelar, em 2017, mais de 2.000 crianças ficaram sem vagas nas escolas. “Pode-se estimar que esse número é ainda maior, uma vez que nem todas as famílias sabem que existe o caminho da denúncia via conselho tutelar”, ressaltou Isabela Valença.

Falta de integração das políticas públicas para garantir o sistema de defesa das crianças e adolescentes

Cada política atua separadamente. “Não existem vagas disponíveis para atender novas crianças com problemas psicológicos no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do Ibura antes de 2019. Não existe neurologista disponível na rede municipal para dar laudos sobre os problemas das crianças. A ETAPAS passou cinco meses para conseguir atendimento psicológico no CAPS para uma criança” acentuou Isabela Valença.

Encerramento de distribuição de fraldas para crianças e adolescentes com problemas de saúde ou deficiência física

Segundo depoimentos das famílias presentes do Seminário, as crianças dividem a cama com outros irmãos ou pais, e acordam toda famílias quando se molham.

A secretária Ana Ria Suassuna explicou que as fraldas foram cortadas, mas ela disse estar se articulando com a secretaria de saúde para saber da possibilidade de retorno de distribuição das fraldas. Ela também se comprometeu em estreitar a articulação com as lideranças comunitárias para discutir os cortes e a possibilidade de realizar visitas as famílias.

Cortes no bolsa família de crianças que não comparecem a escola por problemas de saúde

A secretaria de assistência social corta o benefício antes de enviar a listagem de frequência escolar para que o ministério de desenvolvimento social.

Falta de divulgação dos direitos aos benefícios de prestação continuada e bolsa família

Existência de muitas famílias com direito, no entanto sem informações sobre como acessar tais benefícios.
 
Os encaminhamentos do Seminário propostos pela secretaria de direitos humanos foram:

A Possibilidade de parceria com ETAPAS para levar as crianças dos projetos do Ibura para visitação a clubes como AABB.

Apresentação do programa mãe coruja.

Possibilidade da ida dos CRASS as comunidades para fazer palestras sobre acesso aos benefícios de prestação continuada e bolsa família.

Mais uma vez chegou o mês de outubro, e com ele o dia das crianças, e todas as atenções se voltam para esse público: são presentes, festas, saquinhos de Cosme e Damião. Os que já não são mais crianças compartilham fotos e momentos de uma forma nostálgica. O mês de outubro segue, e parece que toda essa atenção para com as crianças, acaba ficando apenas no dia 12 de outubro, quando muito, no mês.

Por Pedro Ribeiro (*)

Existe uma série de questionamentos que se fazem necessários diante do que vejo: As crianças têm mesmo o que comemorar? Existe de fato uma preocupação social com a realidade das crianças em nossa sociedade? A criança e o adolescente são prioridade absoluta- como afirma o artigo 227 de nossa constituição? A doutrina da proteção integral trazida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente é uma prática em nossa sociedade?

Acredito não ter a resposta precisa para todas as perguntas, nem teria a pretensão de tê-las, mas gostaria de acrescentar alguns elementos e dados que considero importantes para o debate. Não sou mais criança ou adolescente, também não quero aqui mais uma vez cair no erro de falar por elas (algo que acontece com certa frequência entre nós), porém acredito que enquanto militante da área da defesa e garantia de direitos de crianças e adolescentes, tendo acesso a dados e informações que ainda não conseguimos fazer chegar às crianças e aos adolescentes, mas que elas conhecem em sua vida cotidiana e que os/as atinge diretamente em seus corpos e subjetividades, tenho por obrigação compartilhar essas informações e fomentar esse debate.

As crianças e adolescentes, hoje representam 29% (60.546.697 milhões) da população brasileira, na região nordeste corresponde a 32% de sua população, destes 23% não possuem acesso à água pela rede de distribuição e 54% não possuem redes de esgoto ou fossa séptica em seus domicílios (IBGE – Censo 2010 e PNAD 2015).

Em torno de 60% (8 milhões) da população de 0 a 18 anos do Nordeste e 40% da população do Brasil, nesta faixa etária, estão em situação de pobreza ou extrema pobreza, vivendo suas famílias com renda domiciliar per capita mensal igual ou inferior a metade do salário mínimo (IBGE – PNAD 2015).

No ano de 2015, foram registrados 10.456 homicídios cometidos contra pessoas de 0 a 19 anos, atingindo o percentual de 18,4% dos homicídios notificados naquele ano em nosso país. Segundo dados da UNESCO, existem hoje 8 milhões de crianças de 0 a 3 anos sem acesso a creche no Brasil, mesmo contando com os números de vagas da rede particular, temos apenas 21,8% da taxa de cobertura de creches necessária (INEP- 2015).

Há ainda, os casos de trabalho infantil e de violência sexual. No ano de 2015, 5,1 % das crianças e adolescentes, com idades entre 5 a 17 anos residentes no Nordeste do nosso país, estavam em situação de trabalho infantil, chegando a vários casos a situações análogas ao trabalho escravo (IBGE – PNAD 2015). No caso dos registros de casos de violência sexual, foram notificados 17.131 registros de denúncias violência sexual (Secretaria de direitos humanos da Presidência da república – Balanço Geral – Disque 100).

Compreendo que todos esses dados acima se configuram enquanto dados de violência e de violações de direitos contra crianças e adolescentes. A realidade da cidade do Recife e do Estado de Pernambuco, infelizmente, segue e em alguns momentos extrapolam os dados das médias nacionais. O estado de PE registra até o final do mês de setembro o numero alarmante de 4145 homicídios (Dados da SDS-PE), se nos utilizarmos dos dados da SDS/PE que sinalizava que quase 10% dos homicídios de janeiro a abril foram de crianças e adolescentes, podemos fazer a trágica projeção de que em PE já podem ter sido assassinados aproximadamente 415 pessoas de 0 a 18 anos apenas esse ano. Segundo os dados do Conselho Tutelar do Recife, existem hoje 2000 crianças e adolescentes sem acesso a educação por falta de vaga na rede pública de ensino. As instituições da sociedade civil, que trabalham com acolhimento, atendimento e prevenção com o público de crianças e adolescentes, vivem uma realidade extremamente difícil, com falta de financiamento público e privado, tendo alguns, já reduzido drasticamente o seu atendimento e outras informando ao ministério público um possível encerramento de suas atividades.

Nos últimos anos, podemos observar (no mundo) o avanço de pautas e posturas, conservadoras e antidemocráticas. No Brasil após o golpe na presidenta Dilma, que foi em grande parte apoiado por uma ala do nosso legislativo ligada ao agronegócio, ex-militares e fundamentalistas religiosos, que por vezes são os portas vozes, desse tipo de pautas em nosso congresso nacional. Essas posturas, por diversas vezes, atingem diretamente os direitos de crianças e adolescentes, a exemplo do programa “Criança Feliz” colocado com uma das principais ações do governo Temer, que foi apoiada por grande parte do legislativo, mas que na prática traz a volta do “primeiro-damismo”, com uma proposta de política pública com viés assistencialista, acarretando a negação do direito social, a desprofissionalização dos executores das políticas públicas sociais e reafirma a condição de subalternidade da mulher.

E não para por aí: Ainda temos em nosso congresso, em tramitação a redução da maioridade penal para 16 anos (PEC 171/93), que ao invés de tratar o problema em sua raiz, propõe uma solução extremamente equivocada. Já que o ordenamento jurídico brasileiro propõe a responsabilização de adolescentes que comentem atos infracionais, e acaba desconsiderando a condição peculiar de desenvolvimento desses sujeitos.

Em Pernambuco, foi apresentado pelo atual governado um projeto de Lei (PLO Nº1596/2017), que previa, dentre outras coisas, a gratificação a policiais civis e militares que cumprissem mandados de prisão e busca e apreensão de adolescentes em conflito com a lei. Após uma grande mobilização de movimentos sociais, o governador retirou a parte do projeto que referia à apreensão de adolescentes.

Diante de todas essas questões e informações, me resta concluir que de fato, as crianças e adolescentes tem pouquíssimo a comemorar, nossas festas, brincadeiras e presentes estão sujos de sangue e dor, o sangue e a dor delas! Não acredito que haja uma preocupação e responsabilidade social com a infância e adolescência em nossa sociedade, ao contrário do que prevê o artigo 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente. Visualizo uma prática cotidiana para com as crianças e adolescentes, muito mais próxima do código de menores 1929, em detrimento da prioridade absoluta assegurada pelo artigo 227 da constituição de 1989 e da doutrina da proteção integral proposta pelo ECA.

Talvez não haja o que comemorar, mas há muito que lutar. Que fiquemos com as sabias palavras de Don Helder Câmara, “Há criaturas como a cana: mesmo postas na moenda, esmagadas de todo, reduzidas a bagaço, só sabem dar doçura”, que sejamos doces, porém firmes, como as crianças e os adolescentes, que mesmo tendo seus direitos violados resistem em existir! Que possamos lutar para torná-los cada vez mais sujeitos e protagonistas dessa luta.

(*) Pedagogo e Coordenador do programa Criança e Adolescente da Etapas

A frente da coordenação do Fórum de Direitos das Crianças e Adolescentes (Fórum DCA) da cidade do Recife, a Etapas está envolvida na avaliação dos Planos Municipais de Políticas Públicas para o segmento infanto-juvenil, com o objetivo de exercer o controle social das políticas de enfrentamento à violência sexual, trabalho infantil e crianças e adolescentes em situação de rua.

A sociedade civil organizada do Fórum DCA enfrenta problemas com a atual gestão do Conselho Municipal de Direitos das Crianças e Adolescentes do Recife (COMDICA) no que diz respeito ao cumprimento das obrigações e prazos referentes a avaliação dos planos municipais. “Os planos foram criados como estratégia para nortear as ações e políticas públicas. Quando construídos em 2010, ficou acordado que deveriam ser avaliados a cada dois anos. Só foi realizada a avaliação em 2012 e agora em 2017 por pressão do Fórum DCA”, afirma Pedro Ribeiro, coordenador do Fórum e do programa de Crianças e Adolescentes da Etapas.

Segundo Pedro, o não acompanhamento por parte do COMDICA colaborou com o não cumprimento das obrigações pelos responsáveis e, consequentemente, a maioria dos objetivos não foram alcançados.

Os resultados da primeira avaliação de 2017 do plano de enfrentamento à violência sexual serão sistematizados e apresentados em um pleno COMDICA para debate coletivo e envio para os responsáveis. As outras avalições (trabalho infantil e crianças e adolescentes em situação de rua) ocorrerão até o final do ano em curso.

A atividade  reuniu 600 pessoas que ocuparam as comunidades da UR-1 e UR-2 (Ibura) com esporte, cultura, lazer e prática da solidariedade para endossar a luta dos moradores por melhores condições de habitação e direitos humanos

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No último domingo (13/11), cerca de 350 crianças e adolescentes, entre 10 e 17 anos do Ibura, percorreram três quilômetros dos morros do território para endossar a luta dos moradores por melhores condições de habitação e direitos humanos na VI Maratona com Crianças e Adolescentes do Ibura. A ação social integrou comunidade, organizações da sociedade civil, poder público local e voluntários na ocupação de espaços públicos com esporte, cultura e lazer unidos pelo desejo de fazer do mundo um lugar menos desigual.

A atividade – organizada por ETAPAS, ActionAid e Federação de Moradores do Ibura-Jordão (FIJ) – mobilizou cerca de 600 pessoas. Entre beneficiários e atores sociais, cada cidadão teve um papel na organização, realização e manutenção da Maratona – que como o nome sugere – é preciso esforço individual e coletivo para superação do cansaço em prol da prática da solidariedade.

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Equipe de Técnicos da Etapas, ActionAid e Voluntários envolvidos nas tarefas de distribuição de camisas personalizadas da Maratona
O evento teve início às 7h com concentração em frente a Compesa da UR-2. A medida que as famílias ocupavam a Rua Jornalista Costa Porto, a comissão organizativa e equipe de voluntários se envolviam em tarefas para distribuição de camisas, água e lanches para os atletas e familiares. Enquanto isso, a Catirina – da dupla teatral Mateus e Catirina – fazia intervenções irreverentes na comunidade e as mães e crianças davam um exemplo de cidadania formando grupos para recolhimento do lixo produzido.

Uma atividade de alongamento com os atletas sucedeu as duas largadas da corrida – que foi dividida em quatro categorias – feminina e masculina – 10 a 12 e 13 a 17 anos e premiou os 12 primeiros colocados com bicicletas.

Confraternização e Premiação

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Na chegada à Rua Paulista (UR-1), por volta das 11h, a população foi recebida com aparelhos recreativos (cama elástica e piscina de bolas), lanches e apresentação cultural do Bloco Carnavalesco Boi de Mainha – formado por moradores do Ibura de Baixo – que pôs todos que ocupavam a Praça do Leiteiro para dançar coco, maracatu e ciranda.
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Além de premiar os 12 primeiros colocados com biclicletas e troféus, a Maratona presenteou todos os maratonistas com medalhas. Sorteou duas bicicletas a mais para os atletas, 60 aparelhos eletrônicos e utensílios domésticos para as famílias e 70 vales presentes de lojas de roupas para todas as crianças presentes.

 

 

Após 8 horas de evento, quatro meses de organização e em comemoração aos 10 anos de parceria entre FIJ, ETAPAS e ActionAid- Brasil – com o projeto de Fortalecimento dos Vínculos Solidários, Comunitários e Sociais no Ibura e Jordão – a VI Maratona marcou sua maior edição nos últimos seis anos e mostrou que com organização política, união, solidariedade e amor ao próximo é possível transformar realidades.

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Momento simbólico une lideranças comunitárias do Ibura e técnicos da sociedade civil para repartir o bolo em comemoração aos 10 anos de parceria entre FIJ/Etapas/ActionAid

Para o coordenador de programas da Etapas, Pedro Ribeiro, a Maratona é resultado da articulação fortalecida das entidades parceiras com as 54 organizações de moradores que formam a Federação do Ibura-Jordão. “A maratona é um momento de confraternizar a parceria que faz o morro do Ibura ser histórico em conseguir mais serviços e políticas públicas para o território, graças a articulação que temos fortalecida há 10 anos”, afirma.

O debate envolveu o tema da Redução da Maioridade Penal. A Etapas articulou três crianças que foram eleitas delegadas e suplentes para representar a Região Político-Administrativa 6.2 (Ibura-Jordão) na IX Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente do Recife.

Realizada pelo Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente (COMDICA), a Conferência Lúdica tem como objetivo promover o protagonismo de crianças e adolescentes das Regiões Político-Administrativas (RPA) da cidade do Recife. As discussões permearam o tema da “Redução da Maioridade Penal”.

Na ocasião, foram construídas propostas para o Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes da cidade, assim como foram deliberados 30 delegados, dos quais, Alice Coelho (14) foi eleita delegada representante da Etapas e da RPA 6 na IX Conferência Municipal dos Direitos das Crianças e Adolescentes do Recife que acontece nos dias 8 e 9 do mês de junho.

 

A Federação Ibura-Jordão (FIJ), aliada as organizações não governamentais – ETAPAS e ActionAid, promoveram o seminário “Criança e Adolescente, Políticas Públicas e Controle Social”, a fim de debater  as políticas públicas estratégicas voltadas para os direitos e necessidades das crianças e adolescentes da região.

O evento aconteceu a 26 de novembro, na Escola Municipal Jordão Emerenciano, reunindo cerca de 60 pessoas entre alunos(as) das escolas públicas, professores(as), gestores(as) públicos(as), lideranças comunitárias, representantes de movimentos sindicais, de organizações parceiras e filiadas a FIJ.

A programação teve início com a apresentação teatral das meninas do projeto “Crianças, Adolescentes e Jovens Construindo Cidadania”, cujo tema abordou o combate da violência contra mulher, gravidez na adolescência e drogas. (saiba mais aqui)

O evento seguiu com as explanações da mesa debatedora composta por Iran Vicente (Conselho Tutelar da RPA-6); Rosa Barros (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente – Cedca); Bruna Ribeiro (Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente – Condica); Vandevaldo Nogueira (Sociólogo); Cristina (Gerente de Proteção Básica da Prefeitura do Recife; Biuzinha (Presidente da FIJ); Isabela Valença (Assistente Social – Etapas); Daiane Dutra (Action Aid); Eduardo Vasconcelos (Secretaria do Governo e Participação Social).

No debate, as lideranças comunitárias da FIJ trouxeram relatos das situações vivenciadas no cotidiano dos moradores da RPA-6 correlacionando com as dificuldades do cumprimento as leis que regem o Estatuto da Criança e do Adolescente. Reivindicaram dos gestores(as) públicos(as), Conselho Tutelar e Condica a execução dos serviços dos programas e projetos voltados para a criança e o adolescente.

Os gestores(as) públicos(as) e o conselheiro tutelar apresentaram as ações e programas desenvolvidos e os desafios para um bom desempenho das suas atuações.

A participação do conselheiro do Grêmio Estudantil da Escola Jordão Emerenciano, Felipe da Silva (18), chamou a atenção por se tratar de um jovem com voz ativa no âmbito escolar e comunitário. Ele atua há seis anos como voluntário no grêmio e destacou as ações que articula para envolver cada vez mais os jovens na busca por direitos e no exercício da cidadania. “Nós organizamos campeonatos, palestras, oficinas de dança, grafitagem, skate, na perspectiva de que os alunos participem das atividades junto com os professores, coordenadores e diretores para tornar o ambiente escolar mais atrativo”, conclui.

Após o debate houve outro momento de reflexão com a apresentação final da peça de teatro das meninas do projeto “Crianças, Adolescentes e Jovens Construindo Cidadania”, que arrancou muitos aplausos e elogios da plateia.
Ao final, todos receberam balões do projeto da Action Aid “Cidade Seguras para as Mulheres” para lembrar da importância de se ter uma cidade segura para as meninas e mulheres que sofrem com assédio, machismo e violência nos espaços públicos.