O evento marca o encerramento das ações da ONG em 2022. Entre os serviços estão orientação jurídica, atendimento psicológico, apresentações culturais e vacinação contra Covid-19 e Influenza

Afim de fortalecer a luta por direitos e marcar o encerramento das ações da Etapas em 2022, a Etapas promove sua Culminância Por Direitos, no próximo sábado (17/12), das 9h às 17h, na Escola Municipal Maria Sampaio de Lucena (UR-1), oferecendo serviços gratuitos para população.

O evento terá início às 9h com uma Roda de Diálogo Para Detentores de Deveres: uma conversa sobre atualizações, desafios e conjuntura das políticas públicas para crianças e adolescentes em Pernambuco com gestores públicos da saúde, educação e assistência social atuantes no Ibura.

A parte da manhã será facilitada pelo historiador e especialista em políticas públicas para crianças e adolescentes, Fernando Silva. Esta atividade faz parte do projeto “Nenhum Direitos a Menos, mas Todos os Direitos” (Etapas/KNH Alemanha) que tem o objetivo de fomentar e fortalecer uma Rede de Proteção para crianças e adolescentes no território do Ibura.

A partir das 13h, o evento é aberto ao público. Serão mais de 10 atividades simultâneas acontecendo na Escola Maria Sampaio. A oficina de percussão, o atendimento psicológico, a orientação jurídica e escovação dentária acontecerão nas salas de aula, enquanto a animação teatral, a recreação, a feira de artesanato, a distribuição de kits de higiene bucal e a vacinação contra covid-19 e influenza acontecerão no pátio.

O evento contará com apresentações culturais de artistas locais: Grupo de Dança Passistas Pequenas Estrelas de Três Carneiros e o Boi de Mainha do Jordão.

Confira a Programação:

Manhã (9h às 12h)

Roda de Diálogo Para Detentores de Deveres
Conversa com Fernando Silva (Historiador e Especialista em Políticas Públicas para Crianças e Adolescentes)

Tarde (13h às 17h)

– Oficina de Percussão
– Recreação
– Escovação Dentária
– Distribuição de Kits de Higiene Bucal
– Atendimento Psicológico
– Orientação Jurídica
– Feira de Artesanato

Apresentações Culturais (A partir das 17h)

– Grupo de Dança Passistas Pequenas Estrelas
– Grupo de Teatro/ Animação Cultural
– Boi de Mainha

Vacinação contra Covid-19 e Influenza (Obrigatório levar o cartão de vacinação)

Em uma realização conjunta com o coletivo Uh, Ibura Aê e a UNICEF, a ONG Etapas, leva o “Festival Ofó – No Meu Bairro Tem Axé” dos dias 7 a 11 de novembro, para o Ibura. O objetivo é reforçar a luta negra em novas tecnologias sociais e disseminar a cultura afro como ferramenta potente de intervenção e re-existência no espaço cotidiano, combatendo o racismo estrutural e violências como o apagamento da juventude negra, periférica e de terreiro, a intolerância e a invisibilidade sofrida principalmente por parte do Estado, da elite e dos poderes politico-públicos.

No mês da da Resistência Negra, simbólico de recordação de Palmares, serão ofertadas oficinas e workshops e você pode se inscrever através deste formulário em mais de uma oficina, contanto que, obviamente, tenham horários não coincidentes.

Todas as participações serão certificadas com reconhecimento de todas as entidades realizadoras do Festival Ofó!

O evento tem o patrocínio da Prefeitura do Recife; parceria com Virada de Palco, AMP, Semana do Audiovisual Negro e Loja Mirò.

Serviço

Festival Ofó “No Meu Bairro Tem Axé”
Datas: 7 a 11 de novembro
Locais: Escola Estadual Jordão Emerenciano e Escola Senador Antônio Farias (Ibura)

Programação:

Workshop
Coordenação de Backstage
Data: 07/11
Horário: 17h
Local: Escola Estadual Jordão Emerenciano
Facilitadora: Roberta Barbosa – AMP

Roda de diálogo
Empregabilidade de Jovens Negros: Desafios, estratégias e possibilidades
Data: 08/11/2022
Horário: 17h às 18h30
Local: Escola Estadual Jordão Emerenciano
Facilitadora: Pedro Ribeiro
Objetivo: Debater sobre precarização, oportunidades e capacitação para jovens negros no mercado de trabalho.

Oficina
Produção Cultural
Data: 08/11
Horário: 17h
Local: Escola Estadual Jordão Emerenciano
Facilitadora: Elza Medeiros – Uh Ibura Aê

Oficina
Produção Cultural
Data: 09/11
Horário: 17h
Local: Escola Estadual Jordão Emerenciano
Facilitadora: Elza Medeiros – Uh Ibura Aê

Workshop
Social Media
Data: 09/11
Horário: 18h30
Local: Escola Estadual Jordão Emerenciano
Facilitador: Wider Vinícius – Loja Mirò

Workshop
Roadie para Mulheres
Data: 09/11
Horário: 17h
Local: Escola Estadual Jordão Emerenciano
Facilitador: Raynnara

Workshop
Roadie
Data: 10/11
Horário: 17h
Local: Escola Senador Antônio Farias
Facilitador: Raminho – Virada de Palco

Oficina
Letramento Racial
Data: 10/11
Horário: 10h
Local: Escola Estadual Jordão Emerenciano
Facilitadora:

Oficina
Direitos sexuais, direitos reprodutivos e prevenção combinada
Data: 10/11
Horário: 10h
Local: Escola Estadual Jordão Emerenciano
Facilitadora: GT Jovens

Workshop
Passagem de Som
Data: 11/11
Horário: 17h
Local: Escola Senador Antônio Farias
Facilitador: Fábio Muzambo, FK e Fabrício – AMP

Uh Ibura Aê!

A KinderNotHilfe Alemanha, apoiadora da Etapas no projeto de enfrentamento às violências doméstica e comunitária contra crianças e adolescentes do Ibura, visitou as famílias participantes do projeto e vítimas das chuvas

 

Neste mês de outubro, a Etapas recebeu a visita dos representantes da KinderNotHilfe Alemanha (KNH-Alemanha) apoiadora da Etapas no projeto “Nenhum Direito a Menos, Mas Todos os Direitos”, de enfrentamento às violências doméstica e comunitária contra crianças e adolescentes no Ibura-Jordão.

A visita consistiu em conhecer a sede do projeto, as comunidades da Vila 27 de Abril e Portelinha, as histórias de mudanças de vida das famílias e adolescentes participantes do projeto, assim como ver, na prática, o apoio emergencial às vítimas das chuvas de maio 2022 nas duas comunidades.

Após uma roda de diálogo no Conselho de Moradores da Vila 27 de Abril (sede do projeto que está interditada por conta do risco de desabamento de barreira), um grupo de mães, técnicos da Etapas, líderes comunitárias, adolescentes e técnicos da KNH foram reconhecer o território e a situação após a tragédia das chuvas.

A líder comunitária, Tânia, contou as histórias das famílias que perderam seus parentes, suas casas, da demora da chegada da defesa civil no dia do desabamento das barreiras. “Os moradores tiveram que desenterrar os corpos de uma mulher e seus dois filhos que ficaram na calçada por dias. Foi uma tristeza”, afirma.

Ela contou também do descaso com a população quanto ao recebimento do auxílio emergencial do Governo de Pernambuco. “Em maio e junho nós tivemos muitas doações. Agora não tem mais doações e estamos há 5 meses sem receber o auxílio do governo, o que tá salvando é o apoio emergencial da cesta básica e do cartão alimentação do projeto [Nenhum Direito a Menos, mas Todos os direitos]” relata.

Após o reconhecimento do território, o grupo de técnicos da Etapas e KNH seguiram para a Associação da Vila Tancredo Neves, na UR-5, onde há uma articulação para ser a nova sede do projeto a partir de novembro 2022. O grupo conheceu o novo espaço e conversou com a liderança comunitária, “Ida” [como gosta de ser chamada].

Ida diz estar bem receptiva a chegada do projeto. “Quando eu soube que era para fazer as atividades com as crianças do projeto da Etapas, eu já vislumbrei uma oportunidade para algumas crianças da UR5. A Etapas tem um trabalho bem falado aqui no Ibura”, afirma.

Após o reconhecimento da Associação da UR5, o grupo de técnicos da Etapas e KNH seguiram para um Coworking em Boa Viagem, para conversar sobre ajustes e decisões do projeto para o próximo triênio 2023-2025.

Ação acontece na véspera do Dia Internacional Contra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças.

Na véspera do Dia Internacional Contra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças, 70 adolescentes, representantes de sete comunidades do Recife, de Ipojuca e do Cabo de Santo Agostinho, irão lançar ao público, nesta quinta-feira (22/09), às 15h, uma campanha para o enfrentamento e a prevenção ao assédio e à violência sexual de crianças e adolescentes em Pernambuco. O evento será realizado na Câmara Municipal do Cabo de Santo Agostinho.

Na campanha “Todas Juntas Vencem”, as próprias jovens são as protagonistas no planejamento de todo o conteúdo. Também parte delas as estratégias de divulgação, para que as mensagens de prevenção ao assédio e à violência sexual possam alcançar muito mais pessoas, por meio de ações de multiplicação em escolas, em suas comunidades e nas redes sociais das próprias adolescentes.

A ação de lançamento contará também com a presença de representantes da Rede de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes do Estado de Pernambuco e da ActionAid, do Centro das Mulheres do Cabo (CMC), da Casa da Mulher do Nordeste (CMN) e Etapas, organizações à frente da mobilização das adolescentes.

A campanha “Todas Juntas Vencem” faz parte do projeto Meninas em Movimento, que tem como foco a prevenção e o enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes, visando, sobretudo, o protagonismo e empoderamento das meninas e mulheres, na busca por uma vida livre de discriminação e violência.

Desde agosto de 2021, os temas do projeto estão sendo trabalhados principalmente com crianças, adolescentes e mulheres para promover a autonomia e incentivar a autoproteção. Ao longo de dois anos, serão realizados cursos, oficinas, campanhas educativas e eventos de multiplicação de saberes em sete territórios de três municípios pernambucanos: Ibura e Passarinho, no Recife; Vila Califórnia, em Ipojuca, e Engenho Massangana, Gaibu, Vila Suape e Vila Nova Claudete, no Cabo de São Agostinho.

O projeto Meninas em Movimento é uma realização da ActionAid, em parceria com as organizações pernambucanas Casa da Mulher do Nordeste, Centro das Mulheres do Cabo e Etapas, com patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental.

Serviço:

Lançamento da campanha “Todas Juntas Vencem”
Quando: 22/9, quinta-feira, às 15h.
Onde: Câmara Municipal do Cabo de Santo Agostinho: Rua Tenente Manuel Barbosa da Silva, 131, Centro.

Saiba mais sobre o projeto Meninas em Movimento: www.actionaid.org.br/meninasemmovimento

Crianças,adolescentes e famílias vão às ruas com batucada e entrega de informativos para alertar a comunidade sobre o combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescente

A caminhada passou pelas duas comunidades – Portelinha e Vila 27 de Abril – que o projeto “Nenhum Direito A Menos” atua

Crianças, adolescentes e famílias do Ibura – participantes do projeto “Nenhum Direito a Menos” (Etapas/KNH) de enfrentamento às violências doméstica, sexual e comunitária no território do Ibura – caminharam pelas ruas da Vila 27 de Abril e Portelinha com o objetivo de alertar a comunidade para a campanha do 18 de maio: Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Para o educador do projeto, Cristiano Ferreira, é preciso ressaltar a importância do trabalho em rede para combater a exploração sexual e abuso contra crianças e adolescente.

“Destacamos os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS), que são unidades públicas que funcionam como porta de entrada para o atendimento de pessoas em situação de risco social ou que tiveram seus direitos violados. Salientamos que principalmente não culpabilizem a criança ou o adolescente e que, identifiquem quaisquer elementos e situações de risco que possam haver”, ressalta.

18 de maio

Nesta data em 18 de maio de 1973, uma menina de oito anos, chamada Araceli Crespo, saiu mais cedo da escola para levar um envelope até um prédio no centro de Vitória, capital do Espírito Santo. Ao encontrar os destinatários, Araceli foi drogada, espancada, estuprada e morta. O seu corpo ficou vários dias escondido dentro de um freezer e desfigurado por um ácido corrosivo, até ser abandonado em um terreno e encontrado por outra criança. O 18 de maio simboliza a luta ao Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Diariamente crianças e adolescentes são expostos a diversas formas de violência nos diversos ambientes por eles frequentados. A família, a sociedade e o poder público, devem ser envolvidos na discussão e nas atividades propostas em relação à prevenção ao abuso e exploração sexual.

A violência sexual de crianças e adolescentes pode ocorrer em várias idades (incluindo bebês), e em todas as classes sociais, podendo ser de várias formas, como:

Abuso sexual: a criança é utilizada por adulto, ou até um adolescente, para praticar algum ato de natureza sexual.

Exploração sexual: usar crianças e adolescentes com propósito de troca ou de obter lucro financeiro ou de outra natureza em turismo sexual, tráfico, pornografia, ou também em rede de prostituição.

Assim que for identificada a violência sexual, antes mesmo de conversar com a vítima, é importante entrar em contato com profissional que possa colaborar e dar o encaminhamento correto de acordo com o caso, conforme a Lei nº. 13.431/2017.

Canais de denúncia

Havendo alguma suspeita é possível fazer a denúncia por meio do canal Disque 100. A ligação é gratuita, funciona todos os dias da semana, por 24h, inclusive sábados, domingos e feriados.

A denúncia pode ser feita também na Polícia Militar, pelo número 190, ou Polícia Rodoviária Federal, pelo 191. O sigilo é garantido, e as ligações podem ser feitas por aparelhos fixos ou móvel.

Mais informações poderão ser obtidas no site www.facabonito.org.br

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Com o apoio da Sempre Livre e Carefree, a ação faz parte do projeto “Ibura Empoderado”, uma iniciativa do UNICEF em parceria com a Etapas para o enfrentamento à violência baseada em gênero.

A caminhada passou pelas ruas do entorno da Escola Florestan Fernandes, no Ibura de Baixo

Com o objetivo de despertar reflexões sobre dignidade menstrual, direito à liberdade e ao corpo e empoderamento feminino, aconteceu na última quinta-feira (7/4), O Mutirão da Dignidade Menstrual no Ibura. O evento reuniu cerca de 100 pessoas, entre estudantes, artistas, representantes da sociedade civil e profissionais da Escola Florestan Fernandes em ações simultâneas de caminhada, panfletagem, colagem de lambe lambe, batucada, encenação teatral e grafitagem na área externa da escola.

Com o apoio da Sempre Livre e Carefree, a ação faz parte do projeto “Ibura Empoderado”, uma iniciativa do UNICEF em parceria com a ONG Etapas, que estará capacitando, durante seis meses, 200 adolescentes e jovens para atuarem no enfrentamento ao racismo e à violência baseada em gênero.

Antes da ação de rua, A Etapas realizou duas oficinas sobre o tema da dignidade menstrual – com 40 adolescentes – facilitadas pelo grupo percussivo-teatral Violetas da Aurora – que utilizaram a metodologia da palhaçaria para abordar a menstruação de maneira cômica, escrachada e natural.

Para o coordenador do projeto, Pedro Ribeiro, o processo de construção coletiva foi o que fez o Mutirão dar certo.

“É muito importante jogar luz sobre o tema e tirar a menstruarão do lugar de tabu. Essa articulação com a Escola Florestan Fernandes, com as palhaças Violetas da Aurora, com comerciantes locais, fortalece ainda mais o projeto”, conclui.

Para a estudante Keylane Ferreira, de 14 anos, a participação no projeto faz com que ela se empodere e incentive outras mulheres a lutar pelos seus direitos. “É importante falar sobre menstruação, sobre violência contra mulher para que a gente quebre esse tabu em torno do tema”. Ela conclui “a menstruação não é fácil, mas também não é um bicho de sete cabeças; acho importante os meninos também saberem disso”.

Além da formação de estudantes, o projeto visa sensibilizar agentes públicos das áreas da saúde, educação e assistência sobre essas temáticas, fortalecendo ainda a articulação entre organizações locais e poder público.

Para a diretora da Escola Florestan Fernandes, Karla Pereira, trabalhar a dignidade menstrual é “importantíssimo” para o processo de aprendizagem, “porque cada dia perdido por conta de uma cólica menstrual, cada dia perdido porque falta absorvente para essa menina, é irreparável. A gente não consegue fazer esse processo de retomada das aulas depois. ”

Pobreza menstrual – A pesquisa “Pobreza Menstrual no Brasil: Desigualdade e Violações de Direitos”, lançada em 2021 pela UNFPA e UNICEF, mostrou que 713 mil meninas brasileiras vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em seu domicílio e mais de 4 milhões não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas:  falta absorventes e instalações básicas como banheiros e sabonetes. O relatório indicou que a falta de informação e a ausência de condições sanitárias impacta na dignidade, integridade corporal, saúde e bem-estar, podendo causar evasão escolar.

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